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Iphan declara o forró como Patrimônio Cultural do Brasil

O conselho também elegeu o forró como um supergênero musical, por reunir ritmos nordestinos

Por Da Redação 9 dez 2021, 22h41
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  • Em decisão unânime, durante reunião extraordinária nesta quinta-feira, 9, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou as matrizes tradicionais do forró como Patrimônio Cultural do Brasil.

    O conselho, formado por representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, também elegeu o forró como um supergênero musical, por reunir ritmos nordestinos, entre eles, o xote, xaxado, baião, chamego, a quadrilha, o arrasta-pé e o pé-de-serra.

    O pedido de registro para tornar o forró patrimônio cultural foi feito em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, do estado da Paraíba. Nos últimos dez anos, em parceria com comunidades detentoras, foi realizada a descrição detalhada das matrizes tradicionais com registro documental e audiovisual.

    A conselheira Maria Cecília Londres, relatora da proposta, fez uma ampla explanação sobre as origens do ritmo musical nordestino e da palavra forró. A relatora destacou a relevância do forró por englobar atividades como artesanatos, orquestras sanfônicas, escolas de dança, preservação de instrumentos (rabeca, sanfona, triângulo, pífanos, zabumba etc).

    Maria Cecília citou também a importância das organizações de forrozeiros, criadas em vários estados para manter vivo o forró. Ao concluir seu voto, a relatora disse ser plenamente a favor do registro das matrizes tradicionais do forró como patrimônio cultural do Brasil.

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    Bem cultural

    Segundo o ministro do Turismo, Gilson Machado, com o registro “finalmente o forró está dentro do calendário das políticas públicas e culturais do Brasil.” O ministro respondeu ainda às dúvidas sobre o que o artista desse estilo musical vai ganhar com o registro. “Você agora vai poder ser contratado pelo Ministério do Turismo para trabalhar no exterior, para fazer um show no exterior, para fazer um CD, para fazer várias coisas que vocês não tinham acesso, que o forrozeiro não tinha acesso, que era acesso às políticas públicas e à capacitação”, destaca.

    “Um caleidoscópio de oportunidades no horizonte para quem trabalha com forró, para quem é o artista do forró”, diz.

    A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, parabenizou às equipes envolvidas no projeto de pesquisa e destacou que às vésperas do aniversário de Luiz Gonzaga o forró se tornou o mais novo patrimônio cultural. “Com o reconhecimento, as matrizes foram inscritas no Livro de Registro das Formas de Expressão, assim como estão a ciranda do Nordeste e o repente. Esse bem cultural que é o nosso 52º bem registrado no país dispensa apresentações e está em incontáveis eventos e festivais por todo o Brasil. Em especial, nos festejos do ciclo junino, gerando em renda e empregos diretos e indiretos além de um sentimento muito forte de pertencimento”, comentou.

    Com Agência Brasil

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