Uma nova testemunha prestou um depoimento contra o produtor de cinema Harvey Weinstein. Tarale Wulff relatou ter sido estuprada por ele em 2005, quando era garçonete e tentava emplacar a carreira de atriz.
Ela conta que pensava que faria um teste para um papel, quando foi ao escritório de Weinstein. Lá, ela foi direcionada para um carro, que a levou à casa do produtor. Tarale conta que, ao chegar no local, Weinstein segurou seus braços e a arrastou até a cama. “Eu disse para ele que não queria. Ele respondeu: ‘não se preocupe, eu fiz vasectomia’”.
Tarale diz que ficou em choque e que não conseguia se mover, presa pelo peso de Weinstein, que a segurava à força na cama. “Eu simplesmente apaguei. Ele me penetrou e me estuprou.” Depois, o próprio Weinstein a levou de volta ao seu escritório. Ela afirma que nunca teve coragem de contar o caso a ninguém.
“Eu só queria ir embora”, contou, chorando no tribunal. “É mais fácil pra mim simplesmente fingir que nada daquilo aconteceu e voltar para o trabalho.”
Tarale é a quarta vítima a acusar Weinstein no tribunal. Ao todo, oito casos foram investigados em busca de um ângulo para processar Weinstein – a maior parte deles prescreveu em razão do tempo decorrido entre o crime e a denúncia feita pelas vítimas. Três casos, considerados estupro em primeiro grau – o de Tarale, entre eles –, podem resultar em acusações formais.
Se for condenado, o produtor pode pegar de 28 anos à prisão perpétua. Hoje, ele se encontra em liberdade sob fiança de 1 milhão de dólares – cerca de 4 milhões de reais.