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Garotas lideram a largada em ‘Carros 3’

Com vozes de celebridades como Giovanna Ewbank e Fernanda Gentil, animação dá mais espaço para personagens femininas na trama

Por Lucas Almeida Atualizado em 4 jun 2024, 19h16 - Publicado em 13 jul 2017, 09h10
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  • Principal franquia masculina da Pixar, Carros ganhou o reforço de fortes personagens femininas em seu terceiro filme. As infiltradas, um reflexo de tempos em que a indústria cultural tenta não definir o que é “para meninos” e “para meninas”, atuam diretamente na ação das pistas, como corredoras, e também na lataria de comentaristas esportivas. Se a mudança de conceito parece gritante, o visual não apelou para o clichê carro cor-de-rosa nem para a entediante guerra dos sexos. Ainda é um filme sobre veículos velozes e coloridos aprendendo sobre os excessos da competitividade e o valor da amizade.

    No Brasil, a produção recebeu a dublagem de mulheres expressivas. Giovanna Ewbank é a treinadora de carros, Cruz Ramirez. A jornalista Fernanda Gentil é a melhor analista esportiva do mundo nas rodas de Natália Certeza. E a blogueira Nah Cardoso dá voz à jornalista Nah Carroso. Nos Estados Unidos, o elenco de vozes contou com atrizes como Kerry Washignton (Scandal) e Lea DeLaria (Orange is The New Black).

    Depois da bela estreia da série em 2006 e da queda de qualidade com a sequência, lançada em 2011, Carros 3 é um alívio. A animação recupera a simpatia do Relâmpago Mcqueen que agora encara um fator incontestável: o tempo. O carro número 95 perde corridas para os jovens competidores, que possuem tecnologias de ponta nos seus maquinários. Os treinamentos acontecem em simuladores, não mais em pistas. E os adversários da época de Mcqueen começam a se aposentar.

    O protagonista sofre um acidente e precisa melhorar a sua performance para competir com os novos rivais. Para isso, ele se encontra com uma antiga lenda da Copa Pistão, Louise Nash, que narra as dificuldades de começar a correr por ser mulher. A veterana explica que foi impedida de fazer parte da competição e, por isso, escreveu um número de identificação na sua lataria e entrou na pista, mesmo sem estar legalmente inscrita na disputa. Depois de provar as suas capacidades, começou a correr com os grandes campeões da época, entre eles Doc Hudson, que treinou Mcqueen no primeiro filme.

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    A história se repete com Cruz Ramirez. A nova treinadora de Mcqueen tinha o sonho de competir um dia, mas seus pais nunca apoiaram a ideia. A chance de enfrentar o trauma do passado surge com o treinamento de seu grande ídolo de infância.

     

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