Filme ‘Vazante’: escravidão é a grande ferida do Brasil
Longa exibido na Mostra de SP chega aos cinemas do país em 9 de novembro
A resistência do Brasil em se aprofundar na ferida da escravidão é uma das motivações da cineasta Daniela Thomas, que exibe na Mostra Internacional de Cinema Vazante, filme que se passa em 1821, em uma fazenda escravocrata no interior de Minas Gerais. “A grande ferida do Brasil é a escravidão. Se tem uma coisa que define esse país é a escravidão. Foram 400 anos quase. Uma doença, uma coisa perversa, um genocídio, uma coisa terrível. E negá-la, esse intenso processo de negação, nos define também”, conta a diretora.
Na trama, Antonio (Adriano Carvalho) fica viúvo e negocia um novo casamento com a jovem Beatriz (Luana Nastas), enquanto violenta a escrava Feliciana (Jai Baptista). Na ausência do marido, Beatriz se envolve com as crianças escravas da fazenda. O longa também traz o artista Toumani Kouyate, de Burkina Faso, como o líder dos escravos. Um grupo de refugiados africanos, que vive em São Paulo, foram convidados especialmente para integrar o elenco.
Vazante tem sessão na Mostra nesta sexta, às 17h30, e domingo, 15h15, no Espaço Itaú Frei Caneca. A estreia nacional está marcada para o dia 9 de novembro.
Confira abaixo um vídeo dos bastidores, exibido em primeira mão por VEJA, e o trailer oficial da produção:
https://www.youtube.com/watch?v=tss5T9WJpGA