Pelas redes sociais, um grupo de artistas está protestando contra criminalização e censura às artes. Chamada de #342artes, a campanha reúne nomes como Fernanda Montenegro, que gravou um vídeo pedindo que políticos se juntem ao movimento. “Tudo é cultura, inclusive a cultura da repressão. Mas só há um tipo de cultura que realmente constrói um país, a cultura da liberdade”, disse a atriz na gravação.
Os protestos acontecem quase um mês depois do fechamento antecipado da mostra Queermuseu – cartografias da diferença na arte brasileira, no Santander Cultural de Porto Alegre, e pega carona em outras polêmicas, como a performance La Bête, do coreógrafo fluminense Wagner Schwartz, no MAM-SP (Museu de Arte Moderna de São Paulo), na qual um vídeo de uma criança que tocava o pé do artista nu, acompanhada de sua mãe, virou o cerne de uma discussão sobre a exposição infantil à nudez.
Além de Fernanda Montenegro, outros artistas divulgaram publicamente gravações em defesa da liberdade na arte, como Caetano Veloso e Fernanda Torres. Também apoiam a causa nomes como Marisa Monte, Cissa Guimarães, Adriana Varejão, Malu Mader, Débora Falabela, Mateus Solano, Marcos Caruso, Marcelo Serrado e o curador da Queermuseu, Gaudêncio Fidélis.
A produtora Paula Lavigne direcionou sua crítica também ao MBL (Movimento Brasil Livre), um dos grupos que protestaram contra a exposição em Porto Alegre e a performance de Schwartz.