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Fernanda Lima puxa fila de mocinhas sem sal que perduram até hoje na Globo

Atrizes experientes ou não integram lista de protagonistas esquecíveis que viraram um desastre anunciado no horário nobre

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 dez 2022, 10h01
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  • Modelo cujo foco era virar apresentadora, Fernanda Lima tentou o desafio de viver uma protagonista sem qualquer experiência ou estudo em Bang Bang, uma das novelas mais sofríveis da história da Globo. A manobra de lançar uma jovem inexperiente aos holofotes é corrente na emissora até hoje – faz o mesmo tipo de aposta em Jade Picon, influenciadora digital que ganhou papel de destaque em Travessia, atual novela das 9. Assim como Fernanda, Jade enfrenta escrutínio da crítica especializada por não ser uma atriz convincente. Martírio que a emissora insiste em enfrentar ao fazer aspirantes “furarem” a fila de tantas atrizes de fato formadas. Fernanda integra uma lista de celebridades que não convenceram com suas mocinhas – e fez um desabafo nas redes sociais:

    “Nunca fui atriz e não estudei pra esse lindo e difícil ofício, porém fui testada para o papel de Diana Bullock em Bang Bang, novela faroeste da Globo. Passei. Me joguei completamente naquela aventura, talvez para driblar a minha nenhuma experiência como atriz. Foi duríssimo. Todos os problemas que a novela enfrentou foram creditados a mim. A imprensa me massacrou. Sofri, chorei, ralei muito para dar o melhor que pude quando nem força tinha mais”, assumiu a apresentadora.

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    Diana era uma pistoleira em uma trama ambientada num faroeste que não convencia sob nenhum aspecto — e a modelo não conseguiu ter química com nenhum dos personagens da trama. O folhetim de Mário Prata, que seria substituído por Carlos Lombardi devido a problemas de saúde, é memorável apenas pelo fiasco de audiência, seus protagonistas fracos e a absoluta ausência de um enredo digno desse nome.

    Confira outras atrizes que fizeram mocinhas sem sal:

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    Tais Araujo em Viver a Vida 

    Primeira protagonista de uma novela das 9 da história, Taís Araujo teve seu talento desperdiçado em Viver a Vida (2009), em que interpretou uma Helena de Manoel Carlos. A construção da mocinha foi tão fraca que acabou ofuscada por Alinne Moraes, intérprete da vilã da trama que enfrentou uma jornada de redenção ao ficar paraplégica por causa de um acidente e arrebatou o coração do público. Enquanto isso, ninguém estava nem aí para Helena — que levou até uma surra de outra personagem na tentativa, em vão, de se reduzir sua antipatia.

    Marina Ruy Barbosa em O Sétimo Guardião 

    Promessa da Globo desde criança, Marina Ruy Barbosa se despediu das novelas em 2018 com a mocinha Luz de O Sétimo Guardião. Outra personagem que, além de não dar liga com seus pares românticos, parecia não ter uma história e nem expressão. Foi a cereja do bolo de uma novela que era puro constrangimento de tão sem pé nem cabeça.

    Paolla Oliveira em Cara e Coragem  

    Atual novela das 7 da Globo, Cara e Coragem entra no rol de folhetins de pesadelo da Globo. O casal sem sal Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado) apenas coroa uma trama desinteressante que não instigou o público em nenhum momento, nem mesmo com o mistério em torno do desaparecimento de Clarice (Taís Araujo), a poderosa empresária da história criada por Claudia Souto. Nesse quadro desalentador, a protagonista de Paolla Oliveira não conquistou a simpatia do público. Para uma heroína que trabalha como dublê de filmes de ação, a personagem, coincidentemente, parece estar mais para figurante.

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