O ator Robert De Niro foi acusado de discriminação de gênero no ambiente de trabalho por uma ex-funcionária de sua empresa Canal Productions, de acordo com a revista americana Variety. No processo, de 12 milhões de dólares — algo em torno de 48 milhões de reais —, Graham Chase Robinson, que também responde a um processo aberto pela empresa do ator, acusa o vencedor do Oscar de se referir a ela como sua “esposa do escritório” e chamar funcionárias mulheres de “p***” e “vadias”.
A ex-funcionária ainda alega diferenças no pagamento em relação aos colegas de trabalho do gênero masculino e diz ter sido designada com tarefas “femininas, como tarefas domésticas”. Segundo Graham, De Niro também teria feito uma piada envolvendo viagra e afirmado que ela poderia engravidar “usando o esperma de um colega de trabalho casado”.
“Robert De Niro é um indivíduo que se prendeu a valores antigos”, diz o texto do processo. “Ele não aceita a ideia de que homens devem tratar mulheres como iguais. Ele não se importa com o fato de que a discriminação de gênero no ambiente de trabalho é uma violação da lei, e a senhora Robinson é uma vítima dessa atitude.”
Graham começou a trabalhar na Canal Productions em 2008, começando como assistente pessoal de De Niro e chegando, mais tarde, ao cargo de vice-presidente de produção e finanças, ganhando 300 000 dólares ao ano. Ela deixou a empresa em abril.
Em agosto, o ator abriu um processo contra ela acusando-a de ter passado horas de trabalho assistindo a séries como Friends e Arrested Development na Netflix, além de gastar dinheiro da empresa em hotéis, restaurantes e táxis. De acordo com o processo, a mulher teria gastado mais de 12 000 dólares apenas em um restaurante, 8 000 em uma padaria e um supermercado e 32 000 em Uber e táxi, além de utilizar milhas do ator em viagens pessoais. Ela nega todas as acusações e afirma que De Niro aprovou pessoalmente as transações em questão.