Em turnê nos Estados Unidos quando recebeu a notícia da morte do pai, João Gilberto, a cantora Bebel Gilberto concedeu entrevista ao Fantástico neste domingo 7. Ela pediu para não se pronunciar sobre as disputas jurídicas que envolvem a família e comentou o legado do artista, um dos criadores da Bossa Nova, que morreu aos 88 anos neste sábado, no Rio de Janeiro.
“Ele queria ser homenageado como o maior de todos. Ele gostaria de ser lembrado assim”, disse Bebel. “Estou emocionada, mas não vou chorar na frente de uma câmera porque ele achava piegas, era um perfeccionista”, comentou.
A filha declarou que nos últimos tempos João “estava muito quieto, magro, cansado e debilitado”, o que a deixava bastante preocupada. “Morreu em casa, super fraquinho. Meus dias eram estar em contato com ele ou quem estava com ele”, relatou a cantora, que disse que João e sua mãe, a cantora Miúcha, “agora se encontrarão no céu, pois ele não aguentava mais de saudade dela”.
Questionada sobre a causa da morte do pai, não divulgada, ela disse acreditar que foram “causas naturais”.
Também filho do cantor, João Marcelo Gilberto, comentou de Nova Jersey, onde vive, sobre o legado do pai. Em processo de renovação do visto americano, ele não estará presente no enterro do pai.
“Uma das coisas que tocou muito no meu coração foi o tanto de pessoas que foram influenciadas pelo João. Dizem ‘eu sou músico por causa dele’. Esse é o jeito de ser imortal”, disse João Marcelo.