O filme The Man who Killed Don Quixote, do britânico Terry Gilliam, poderá ser exibido no encerramento do Festival de Cannes, dia 19 de maio, anunciou nesta quarta-feira o delegado-geral da competição, Thierry Frémaux. Ele disse aos jornalistas que “a corte ditou a favor da projeção de Dom Quixote“. Gilliam, no entanto, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) e deve faltar à sessão pela qual esperou vinte anos.
O produtor português Paulo Branco, hoje desafeto de Terry Gilliam, havia procurado a justiça francesa para barrar a exibição do longa no festival. O filme é alvo de um litígio judicial por uma questão de direitos entre os dois. Na origem do litígio, está a ruptura do contrato entre os dois. Em 2016, Branco comprou os direitos de autor-diretor por meio da produtora Alfama. A justiça se pronunciará em junho sobre o caso.
Em 2017, Gilliam gravou o filme com a produtora espanhola Tornasol, na Espanha e em Portugal. O episódio prolonga um pouco mais a “maldição” que atinge há quase duas décadas The Man who Killed Don Quixote.
Em 2000, Gilliam teve que interromper as filmagens de sua adaptação livre da famosa obra de Miguel de Cervantes, com Jean Rochefort, Johnny Depp e Vanessa Paradis, devido a uma série de infortúnios, desde inundações no set até uma hérnia de disco sofrida pelo já falecido ator francês.