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Com Black Lives Matter e asiáticos, Oscar adere à representatividade

Resultado de uma longa briga na indústria, Academia de Hollywood se adequou aos novos tempos dando espaço para mais vozes

Por Eduardo F. Filho Atualizado em 26 abr 2021, 08h55 - Publicado em 26 abr 2021, 00h57
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  • Cinco anos após inúmeros artistas boicotarem o Oscar, e a hashtag #OscarSoWhite (#OscarsTãoBrancos, em tradução livre) dominar as redes sociais, as mudanças que a Academia de Hollywood prometeu começaram a surtir efeito este ano. A começar pela vitória de Daniel Kaluuya como melhor ator coadjuvante no longa Judas e o Messias Negro, passando pela histórica conquista de Chloé Zhao como melhor diretora por Nomadland, primeira mulher não-americana e não-branca a ganhar na categoria até a sul-coreana Yuh-Jung Youn que levou a estatueta de atriz coadjuvante em sua primeira indicação pelo filme Minari.

    Youn Yuh-jung, vencedora de melhor atriz coadjuvante, na 93ª edição do Oscar -
    Youn Yuh-jung, vencedora de melhor atriz coadjuvante, na 93ª edição do Oscar – (Chris Pizzello/Getty Images)

    A diversidade de 2021 é fruto de uma longa cobrança da indústria. Em 2015 e 2016, nenhum ator ou atriz negro ou latino figurou entre os 20 indicados nas quatro categorias de atuação. Os mais de 6.000 membros da Academia de Artes e Ciências cinematográficas foi o primeiro alvo para uma efetiva mudança: o grupo que era predominantemente formado por homens brancos acima de 50 anos ganhou novos participantes, muitos deles mulheres, negros e estrangeiros. 

    O resultado é patente: entre os 20 indicados nas quatro categorias de atuação este ano, onze eram negros, asiáticos ou que não tem descendência americana. Entre eles, o sul-coreano Steve Yeun indicado na categoria de melhor ator por seu papel em Minari. Viola Davis, com a indicação de melhor atriz por seu papel em A Voz Suprema do Blues, se tornou a a atriz negra mais indicada na história do Oscar com quatro nomeações.

    Outro momento histórico se deu na categoria de maquiagem e penteado. Pela primeira vez em 93 anos, a Academia premiou duas mulheres negras: Jamika Wilson e Mia Neal, pelo filme A Voz Suprema do Blues. O músico de jazz Jon Batiste levou a estatueta pela trilha sonora de Soul, animação para a qual Batiste serviu de molde para o protagonista. Em seguida, a música de protesto Fight For You, do filme Judas e o Messias Negro, na voz da artista negra H.E.R, levou o prêmio de canção original. Não à toa, muitos dos que subiram ao palco agradeceram o prêmio discursando em prol do Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Para coroar o movimento, o filme Dois Estranhos, feito em homenagem a George Floyd, levou o Oscar de melhor curta-metragem.

    LOS ANGELES, CALIFORNIA – APRIL 25: (L-R) Mia Neal, Jamika Wilson, and Sergio Lopez-Rivera, winners of Makeup and Hairstyling for
    Mia Neal e Jamika Wilson, as duas foram as primeiras mulheres negras em 93 anos a ganhar na categoria de Melhor Maquiagem e Penteado pelo filme ‘A Voz Suprema do Blues’. (Chris Pizzello-Pool/Getty Images) (Chris Pizzello/Getty Images)

     

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