O caso da figurinista Susllem Tonani, que foi assediada sexualmente pelo ator José Mayer enquanto ambos trabalhavam na novela da Globo A Lei do Amor, virou notícia no site de um dos principais jornais americanos, o The New York Times. A reportagem “A Win Over Sexism in Brazil: A Soap Star Is Punished for Harassment” (Uma vitória contra o sexismo no Brasil: astro de novela é punido por assédio) conta todo o caso: da realização do sonho de Susllem em trabalhar na Globo até a suspensão, por tempo indeterminado, de Mayer das produções da emissora.
“Poderia ser o enredo de uma das populares novelas do Brasil. Uma jovem realiza seu sonho ao ser contratada como figurinista assistente em um programa de televisão, somente para virar alvo de constante e implacável assédio de uma de suas estrelas”, diz a reportagem. “A mulher, Susllem Tonani, eventualmente reclamou, e o ator, José Mayer, foi suspenso e pediu desculpa publicamente de maneira abjeta.”
O texto conta que as funcionárias do Projac se uniram na campanha “Mexeu com uma, mexeu com todas” e que a Globo, em comunicado, afirmou que “repudia qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito”. Falando em nome da emissora, Sérgio Valente, diretor de comunicação da casa, afirmou que, apesar do assédio, Mayer continua contratado pelo canal e que pode voltar a fazer novelas no futuro. “Ele é um ator fantástico”, disse Valente.
Caso Marcos
Outra história de violência contra a mulher mencionada na reportagem foi o da agressão de Marcos a Emilly no Big Brother Brasil 17. “No domingo, Marcos Harter, 37, cirurgião plástico que estava competindo no Big Brother Brasil, encurralou a colega de confinamento Emilly Araújo, 20, com quem ele se relacionava; gritou com ela e apertou seu braço.” O texto conta que uma campanha nas redes sociais pedia a expulsão do participante do programa, o que acabou acontecendo na segunda-feira. “Agressão gera expulsão”, disse Valente, repetindo o que Tiago Leifert falou ao anunciar a eliminação de Marcos do programa.