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Brasil fica de fora da disputa por Oscar de filme estrangeiro

'O Grande Circo Místico' foi o sétimo longa de Cacá Diegues a tentar vaga na premiação

Por Redação
Atualizado em 17 dez 2018, 22h52 - Publicado em 17 dez 2018, 21h29
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  • O Grande Circo Místico, escolha do Ministério da Cultura (MinC) para representar o Brasil na briga por uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2019, não seguirá na disputa. A Academia de Hollywood, responsável pela premiação, anunciou nesta segunda-feira, 17, nove longas que passarão pela triagem que definirá os cinco indicados.

    Foram pré-selecionados filmes da Colômbia (Pássaros de Verão), Dinamarca (Culpa), Alemanha (Werk ohne Autor), Japão (Assunto de Família), Cazaquistão (Ayka), Líbano (Cafarnaum), México (Roma), Polônia (Guerra Fria) e Coreia do Sul (Em Chamas).

    O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues, estava entre os 87 filmes originalmente considerados na categoria. Sétimo longa do diretor a tentar indicação ao Oscar, a produção acompanha 100 anos de trajetória de uma família dona de um circo. Inspirado em poema homônimo de Jorge de Lima, parte do livro A Túnica Inconsútil, de 1938, o filme tem no elenco nomes como Jesuíta Barbosa, Bruna Linzmeyer, Antônio Fagundes, Juliano Cazarré e o francês Vincent Cassel.

    O longa foi exibido no Festival de Cannes deste ano, fora de competição. Em entrevista a VEJA, Diegues falou sobre a presença de seu filme no evento: “Não podemos transformar Cannes ou prêmios como o Oscar no juiz supremo dos nossos filmes. Eles são importantes, pois abrem um circuito internacional para o longa. Mas o fato de a produção ter sido escolhida para a seleção não é o que define a qualidade do filme. Isso quem decide é o público”.

    O Brasil concorreu a um Oscar de melhor filme estrangeiro pela última vez em 1999, com Central do Brasil, que também rendeu uma indicação a Fernanda Montenegro na categoria de melhor atriz. Outros longas nacionais que receberam indicações a esse prêmio foram O Pagador de Promessas (em 1963), O Quatrilho (em 1996) e O Que É Isso, Companheiro? (em 1999).

    O Brasil ainda tem chance de disputar uma estatueta no Oscar 2019. Tito e os Pássaros, de Gabriel Bitar, André Catoto e Gustavo Steinberg, concorre a um lugar na categoria de melhor animação com outros 24 filmes, entre eles Os Incríveis 2, Homem-Aranha no Aranhaverso e A Ilha dos Cachorros.

    Os indicados ao Oscar serão divulgados em 22 de janeiro e a cerimônia acontece em 24 de fevereiro, em Los Angeles.

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