Antes da biografia de Leonardo Da Vinci, o senhor escreveu a de Steve Jobs e a de Einstein. O que há em comum entre os três?
Todos esses gênios compartilham certos traços. Eles questionam a autoridade. Eles adoram a ciência e a arte. Eles são apaixonadamente curiosos. Einstein tinha uma mente superdotada que nunca poderíamos imitar. Mas Leonardo era um gênio porque o que o empurrava adiante eram a curiosidade e a observação das coisas cotidianas.
Que tipo de lição para a vida moderna se pode extrair de Da Vinci?
O que torna Leonardo fascinante é que ele era muito humano. Ele cometeu erros. Ele procrastinou. Ele deixou projetos inacabados. Nós, simples mortais, podemos nos identificar com ele e tentar ser mais abertos às maravilhas da criação seguindo sua inspiração, em qualquer momento da vida.
O senhor afirma que Da Vinci sintetiza todos os gênios. Por quê?
Ele foi o gênio mais criativo da história, pois tinha sede de investigar todos os campos do conhecimento. Via conexões entre anatomia e arte, ou o fluxo das águas e o voo dos pássaros. Todos os dias, fazia anotações obsessivas sobre os mistérios da natureza.
Da Vinci era mesmo homossexual?
Ele era gay, sem dúvida. Teve ao menos dois companheiros do sexo masculino ao longo da vida, e nunca se envergonhou disso. Seus retratos do namorado Salai, aliás, são lindos.