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As razões que fizeram de ‘Chicago Fire’ a série mais vista no Brasil

Ao unir emergências realistas e muito drama humano, produção chega à décima temporada no auge — e se impõe como franquia de maior audiência da TV paga

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h26 - Publicado em 8 jan 2022, 08h00
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  • O alarme dispara em um corpo de bombeiros que recebe ligações em ritmo vertiginoso: acidente de trânsito, acidente doméstico, incêndio e até afogamentos são algumas das emergências que necessitam de ajuda. Muitas vezes, elas vêm acompanhadas apenas da localização para a qual os socorristas devem correr o mais rápido possível. No lugar, a gravidade (ou simplicidade) do cenário se revela. O assombro pelas peculiaridades de uma profissão em que o desconhecido e o perigo são rotina foi o que, há dez anos, instigou o americano Derek Haas a desenvolver a série Chicago Fire, que estreia sua décima temporada na segunda-feira 10, no canal pago Universal TV. O lançamento vem combinado, a partir das 21h30, com novos episódios de seus dois títulos derivados: Chicago Med e Chicago P.D., sobre um hospital e uma delegacia de polícia, chegam à sétima e nona temporada, respectivamente. “São séries sobre pessoas que correm rumo ao lugar de onde todos, inclusive os ratos, estão fugindo”, definiu Haas a VEJA, em entrevista pelo Zoom. “A pandemia evidenciou quanto não damos o devido valor a esses heróis cotidianos — algo que nossas séries tentam corrigir.”

    Chicago Fire: Season 1

    O reconhecimento se reflete em índices de audiência. No Brasil, o trio da franquia Chicago fechou 2021 no topo do ranking das séries mais vistas no país — colocando, em diversas ocasiões, o Universal TV na liderança geral de audiência da TV paga. Nos Estados Unidos, Chicago Fire, exibida pela rede NBC, alcançou a média de 11 milhões de espectadores por episódio. Se a popularidade já era espetacular, a pandemia ampliou ainda mais a força da franquia. Na virada de 2020 e 2021, os desafios da luta contra a Covid-19 chegaram a ser um elemento central do roteiro. Mas os novos capítulos já vislumbram um mundo pós-­pandêmico: enfim, as emergências deixaram de conter máscaras ou medidores de temperatura.

    Chicago Fire: Season 3

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    O trunfo de Chicago Fire e seus filhotes reside, afinal, em outro ponto: o fator humano. Fora os perigos e a adrenalina típica de filmes de ação, os bombeiros da Estação 51 vivem tramas folhetinescas palatáveis. Como em um novelão com testosterona, Chicago Fire tem romance, brigas, bebedeiras e muito “bromance” — termo em inglês usado para designar uma forte amizade entre homens. “Ao visitar os corpos de bombeiros para escrever a história, notei que o excesso de convivência transforma esses profissionais em uma família paralela”, conta Haas. “Eles comem juntos, saem juntos nas folgas e, nos plantões da madrugada, até dividem quartos.”

    Chicago Fire: Season Five

    Na nova temporada, essa família sofrerá baixas: dois personagens essenciais deixarão a trama. Um ficará pouco tempo fora; já o outro não tem data para voltar, mas deixou a porta aberta para futuras participações. Dizer mais que isso, ou citar seus nomes, pode estragar a surpresa dos espectadores. Uma das despedidas se dará no quinto episódio, que também será histórico por assinalar a marca dos 200 capítulos no total — número capaz de atestar a resiliência de qualquer série. Chicago, claro, é uma personagem à parte, e crucial nesse pacote bem-sucedido. Com quase 3 milhões de habitantes, a metrópole americana foi palco de lutas raciais históricas, altos e baixos econômicos e, ainda hoje, registra índices alarmantes de homicídios. Seus heróis da vida real fazem sucesso, mas têm muito trabalho.

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    Publicado em VEJA de 12 de janeiro de 2022, edição nº 2771

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    Chicago Fire: Season 3
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    Chicago Fire: Season Five
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