Quase quatro anos após ser alvo de denúncias de assédio sexual, James Franco falou pela primeira vez sobre o caso. Em entrevista ao podcast The Jess Cagle, o ator quebrou o silêncio e admitiu que teve relações sexuais com alunas de sua antiga escola de atuação, a Studio 4 — fundada por ele em 2014 e fechada em 2017. Dentre as alegações, Franco disse ter enfrentado um vício em sexo ao qual ficou em tratamento desde 2016.
Cinco mulheres acusaram o ator de comportamento impróprio e de exploração sexual em janeiro de 2018, sendo quatro delas estudantes da Studio 4. Em 2019, Sarah Tither-Kaplan e Toni Gaal entraram com uma ação contra Franco acusando-o de tê-las forçado a fazer cenas de sexo explícito em “um contexto de orgia que foi além dos limites aceitos por Hollywood”. As jovens retiraram as queixas após firmarem um acordo com o ator estimado em 2,2 milhões de dólares (cerca de 12,6 milhões de reais), em fevereiro deste ano.
“Em 2018, houve algumas queixas e um artigo sobre mim. Naquele momento, pensei: ‘Vou ficar quieto e fazer uma pausa’. Não parecia o momento certo para dizer nada. Houve pessoas que ficaram chateadas comigo e eu precisava ouvi-las”, disse Franco durante a entrevista ao podcast. “Ao longo o curso que ensinei, eu realmente transei com estudantes e isso foi errado. Mas, como disse, não foi por isso que comecei a escola. (…) Porém, sim, houve situações consensuais com estudantes e isso não deveria ter acontecido.”
James Franco também confessou que o vício em sexo veio logo depois dele ter desenvolvido dependência de álcool. “É uma droga poderosa. Fiquei viciado por mais de 20 anos. E uma parte curiosa é que fiquei sóbrio de álcool o tempo inteiro. Tive de lidar com alguns problemas que também estavam relacionados ao vício. E então eu realmente usei meu histórico de recuperação para começar a examinar isso e mudar quem eu era”, contou.