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Academia do Oscar planeja código de conduta após caso Weinstein

Entidade afirma que está preocupada com o assédio sexual na indústria cinematográfica. Produtor americano foi expulso da associação no último dia 14

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h47 - Publicado em 27 out 2017, 19h00
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  • A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, entidade responsável pelo Oscar, planeja criar um código de conduta para seus membros, segundo o site Deadline. A decisão vem na esteira do escândalo envolvendo o americano Harvey Weinstein, acusado por cerca de cinquenta mulheres de assédio, abuso sexual e estupro. O produtor foi expulso pela Academia no último dia 14 por causa dessas acusações.

    Em um e-mail enviado aos membros da entidade, a diretora executiva Dawn Hudson afirma que o conselho vai discutir a criação do código de conduta em reuniões que acontecerão em dezembro e janeiro. “Como vocês, o Conselho de Governadores (grupo que coordena a Academia) está preocupado com assédio sexual e comportamento predatório no local de trabalho, especialmente na nossa indústria”, diz a mensagem. “Nós acreditamos que a nossa Academia deve estabelecer uma atmosfera segura e respeitosa para os profissionais que fazem filmes.”

    “Para isso, estamos trabalhando na criação de um código de conduta para nossos membros, que vai incluir uma política para avaliar violações e determinar se ações que interfiram na associação à Academia são necessárias”, diz o texto. Na mensagem, a diretora diz também que a Academia está consultando especialistas em direito e ética para entender o que mais precisa fazer. “Apesar de não termos a intenção de funcionar como um órgão investigativo ou corte moral, nós temos direito e obrigação como associação voluntária de manter padrões claros de comportamento no ambiente de trabalho para aqueles que aceitamos como membros.”

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    Harvey Weinstein foi acusado por mais de cinquenta mulheres de assédio e abuso sexual. O produtor está sendo investigado pelas polícias de Nova York, Los Angeles e Londres. O americano foi demitido da empresa que ele mesmo fundou, a The Weinstein Company, e pediu para deixar o conselho da produtora. Além de ter sido expulso da Academia do Oscar, ele terá expulsão avaliada pelo Sindicato dos Produtores e da Academia de Televisão, que organiza o Emmy.

    Além de Weinstein, outros homens da indústria de entretenimento foram acusados por atrizes, assistentes, produtoras e artistas. Nas últimas semanas também veio à tona o caso James Toback. O diretor americano foi acusado por cerca de quarenta mulheres de assédio.

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