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‘A Guerra do Amanhã’: Chris Pratt vira caçador de aliens do futuro

Em filme que estreia na Amazon Prime Video nesta sexta-feira, 2, humanos do futuro voltam no tempo para recrutar soldados numa guerra contra ETs

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jul 2021, 11h35 - Publicado em 2 jul 2021, 11h34
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  • A cena mais assustadora de A Guerra do Amanhã, que estreia nesta sexta-feira, 2, na Amazon Prime Video, não acontece no final do filme. Ela está logo no comecinho. A data é 18 de dezembro de 2022 e Dan Forester (interpretado por Chris Pratt) está assistindo pela televisão à final da Copa do Mundo no Catar, entre a seleção brasileira e outra equipe desconhecida. Um jogador, bastante parecido com o Gabigol (mas que na camisa está designado como Peralta), está prestes a fazer o gol da vitória da seleção quando a partida é interrompida por um bando de soldados que surge de um portal interdimensional no meio do gramado. A tenente avisa para todo o planeta que eles vieram do futuro e que a humanidade está sendo exterminada. A estratégia é levar as pessoas do passado para lutar contra os sinistros alienígenas do futuro, porque não restaram muitos humanos vivos. Infelizmente, não ficamos sabendo como a partida termina. Sim, esse é o ponto alto do filme. O que vem depois é apenas mais uma história de alienígenas destruindo o planeta, o típico clichê de filme-catástrofe.

    Mas, se você não liga para futebol – ou não se importa em ver um filme com um roteiro crivado de falhas – A Guerra do Amanhã entrega em suas 2h18 de duração tiros, explosões, diálogos rasteiros e monstrões assustadores para marmanjo nenhum botar defeito. Embora o enredo não seja lá muito original (substitua os aliens por robôs e mantenha a viagem no tempo e temos Exterminador do Futuro), ele é razoável o suficiente para cativar a audiência em busca só de diversão.

    Cena do filme 'A Guerra do Amanhã'
    Cena do filme ‘A Guerra do Amanhã’ (//Divulgação)

    No enredo, em um futuro trinta anos à frente dos dias atuais, restam apenas 500 000 humanos que lutam uma guerra sem fim com alienígenas, os Garras Brancas. Sem mais pessoas para lutar, eles conseguem desenvolver uma máquina do tempo para pedir ajuda às pessoas do passado. Várias questões, no entanto, surgem durante o filme e são solenemente ignoradas pelo enredo – como, por exemplo, a origem dos alienígenas que é (mal) explicada no final e também como a máquina do tempo foi desenvolvida. Os diálogos são bastante sofríveis, com frases tolas encaixadas para criar um certo drama, mas que só fazem rir. Além disso, há o subtema do drama familiar em que o pai fará de tudo para salvar a filha e manter a família unida.

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    Feito para ser exibido nos cinemas – inclusive em salas 3D – o longa acabou sendo comprado por 200 milhões de dólares (cerca de 1 bilhão de reais) pela Amazon. Além de Chris Pratt, o elenco conta com Yvonne Strahovski (a Serena Joy de The Handmaid’s Tale), J.K. Simmons e do humorista Sam Richardson, que é responsável por alguns poucos escapes cômicos. A direção é de Chris McKay, conhecido pela animação Uma Aventura Lego.

    A despeito do valor milionário e da superprodução envolvida, A Guerra do Amanhã é um filme divertido cujo maior objetivo é o entretenimento puro e simples. Mais uma daquelas histórias de superação com final feliz. Um prato só para os amantes da nobre arte de se divertir sem precisar usar o cérebro.

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