Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

‘A Casa do Dragão’: os erros e acertos do spin-off de ‘Game of Thrones’

Produção da HBO encerrou sua primeira temporada acendendo o fósforo que vai incendiar guerra civil entre a família Targaryen

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 24 out 2022, 10h45 - Publicado em 24 out 2022, 10h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Após episódios intensos que marcaram o tão aguardado retorno ao mundo medieval de Westeros, a primeira temporada de A Casa do Dragão chegou ao final neste domingo, 23, incendiando, enfim, a guerra civil entre os herdeiros da família Targaryen. Das lições valiosas da antecessora Game of Thrones sobre o que valia a pena repetir e o que deveria ser repensado, a nova mega produção da HBO finaliza sua estreia triunfal com bons acertos, e um pequeno deslize no meio do caminho. Confira dois pontos positivos e um ponto negativo que marcaram a nova série do universo de George R. R. Martin:

    Troca de elenco

    ESTOPIM - Rhaenyra Targaryen (Milly Alcock): a princesa eleita sucessora desencadeia conflito familiar -
    Rhaenyra Targaryen (Milly Alcock): a princesa eleita sucessora em ‘A Casa do Dragão’ desencadeia conflito familiar – (./HBO)

    Ao contrário de Game of Thrones, em que os atores e atrizes cresceram junto com seus papéis, o spin-off optou por demarcar de forma acentuada a diferença de idade entre as protagonistas. A decisão ajuda a deixar momentos chocantes sob a responsabilidade do time adulto. Vale lembrar o exemplo de Sansa, vivida por Sophie Turner. Quando a personagem foi apresentada, em 2011, a atriz tinha 15 anos de idade. Não demorou para que ela virasse moeda de troca entre homens de várias casas de Westeros — sendo o pior momento quando ela é estuprada e agredida pelo tenebroso Ramsay Bolton (Iwan Rheon). Na época da cena, Sophie tinha 19 anos, mas sua personagem ainda era mais nova e o apego do público à menina fez com que muitos repudiassem a situação. Ao trocar o elenco de fases, A Casa do Dragão se livra de vez desse tipo de desconforto. Na primeira fase da série, ainda adolescentes, Rhaenyra e Alicent foram interpretadas, respectivamente, pelas ótimas estreantes Milly Alcock e Emily Carey — ambas maiores de idade na vida real. Na fase adulta e atual da produção, as duas são vividas por Emma D’Arcy e Olivia Cooke.

    O carisma de Matt Smith e Paddy Considine

    .
    Rei Viserys (Paddy Considine) em A Casa do Dragão – (HBO/Divulgação)

    É difícil encontrar séries com um elenco tão coeso e afinado quanto este de A Casa do Dragão. Mas os irmãos Viserys e Daemon Targaryes são um assunto a parte. Graças ao carisma e à potência de Matt Smith e Paddy Considine, a dupla ofereceu ao espectador uma conexão hipnotizante. Apesar do personagem todo torto e vilanesco de Smith, o ator conseguiu imprimir em Daemon um charme cativante — o que fez com que muitos escolhessem “passar aquele pano” pelas atrocidades que ele cometeu ao longo da temporada. Até mesmo a produtora e roteirista Sara Hess disse, ao The Hollywood Reporter, que ficou chocada por Daemon ter se tornado o “namoradinho da internet” — termo usado para pessoas que ficam populares e provocam suspiros nos fãs, que se manifestam sem receio de julgamento nas redes sociais. No caso de Considine, que definhou (em todos os sentidos possíveis) ao longo dos episódios, o inglês ilustrou com coragem o que acontece com um rei que é bondoso demais em um ambiente hostil como Westeros — seu próximo passo, ao que tudo indica, é vencer o próximo Emmy.

    Continua após a publicidade

    Ritmo acelerado demais 

    A atriz Olivia Cooke como Alicent Hightower e Rhys Ifans como Otto Hightower na série 'The House of The Dragon' -
    A atriz Olivia Cooke como Alicent Hightower e Rhys Ifans como Otto Hightower na série ‘A Casa do Dragão’ – (Ollie Upton/HBO/Divulgação)

    Mesmo sendo um sucesso absoluto, Game of Thrones arrebanhou críticas por diversos pontos. Entre eles, o ritmo lento demais por várias temporadas, e muito acelerado na reta final. A Casa do Dragão foi ainda mais longe: a série engatou a quinta marcha sem pisar no freio. Para não cometer o erro da antecessora — e para cumprir o plano de finalizar a história em quatro temporadas —, a produção apostou no ritmo frenético, com saltos temporais e uma comunicação tão rápida entre as casas que faz com que o WhatsApp pareça pré-histórico. Como resultado, alguns buracos ficaram na história e personagens que poderiam ser melhor explorados foram descartados rapidamente. A relação amorosa de Daemon e Laena Velaryon foi mostrada, de forma tímida, em apenas um episódio. A filha de Corlys e Rhaenys, inclusive, foi vivida por três atrizes diferentes, sendo que as três tiveram pouquíssimo tempo de tela. O mesmo caso abateu Rhaenyra e Harwing Strong. O pai dos três filhos bastardos da princesa mal apareceu e sequer teve diálogos consistentes com a amada antes de encontrar o fim típico do mundo de Westeros.

    Tá claro ou tá escuro? 

    Rhaenyra e Daemon em 'A Casa do Dragão' -
    Rhaenyra e Daemon em ‘A Casa do Dragão’ – (//Divulgação)

    O sétimo episódio da série movimentou reclamações nas redes sociais pelas cenas escuras e com pouco contraste, difíceis de serem assimiladas pelo público. A técnica de gravação usada no capítulo é uma novidade no meio. Em vez de filmar cenas noturnas durante a noite, essa filmagem foi feita durante o dia o ganhou um filtro escurecido na pós-produção. A HBO respondeu as críticas, defendendo a “escolha artística” feita pela produção e pedindo que os espectadores assistam ao episódio em um ambiente escuro e com o brilho da TV mais forte.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.