Daenerys Targaryen, triunfe ou não, ter completado Game of Thrones foi uma vitória de sua intérprete. Enquanto os espectadores torciam pela personagem, a inglesa Emilia Clarke lutava contra um grave problema de saúde. Segundo narrou semanas atrás na revista The New Yorker, ela ficou à beira da morte ao menos duas vezes ao longo das gravações, em razão do rompimento de aneurismas cerebrais. A doença manifestou-se pela primeira vez em fevereiro de 2011, quando a série estava para estrear. Ao fazer ginástica, Emilia sentiu-se mal e colapsou com náusea e dores na cabeça. “Mais tarde, soube que um terço das pessoas que passam por isso morre”, diz. Submetida a uma cirurgia por cateterismo, dolorosa mas pouco invasiva, ela superou o primeiro aneurisma. Mas logo sobreveio o segundo. A certa altura, desesperou-se por esquecer o próprio nome. “Eu me arrastava até o hotel depois de gravar”, conta. Ela passou por uma nova operação, mas o aneurisma se rompeu na cirurgia. Foi necessário, então, abrir seu crânio para um procedimento mais radical. Hoje, ela diz estar 100%. “Sobrevivi. E sou grata por estar aqui para ver o final da história.” Nós, idem.
Publicado em VEJA de 17 de abril de 2019, edição nº 2630
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