Morta nesta terça-feira, 30, aos 72 anos, Beth Carvalho era cantora, compositora, sambista e, também, reveladora de talentos. Frequentadora da sede do bloco de Carnaval Cacique de Ramos, no Rio de Janeiro, Beth conheceu, por lá, nomes como Arlindo Cruz, Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. Ajudou a tornar os músicos famosos Brasil afora e, por isso, ganhou o apelido de “madrinha do samba”.
Nos anos 1970, na quadra do Cacique de Ramos, Beth se impressionou com um grupo de jovens pelas inovações que traziam ao fazer samba. Tocavam instrumentos novos ou então já conhecidos das rodas de samba, mas de um jeito diferente – como o banjo com afinação de cavaquinho, como lembrou a cantora em entrevista ao jornal O Globo. Chamou o grupo para participar de seu disco De Pé no Chão (1978) e, em seguida, viu os jovens se tornarem conhecidos. Dois anos depois, os músicos Jorge Aragão, Almir Guineto, Bira Presidente, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany formaram o Fundo de Quintal.
Confira, abaixo, apresentações de Beth Carvalho com os músicos que ela revelou:
Coisinha do Pai / Vou Festejar (com Jorge Aragão)
O Show Tem que Continuar (com Arlindo Cruz)
Camarão que Dorme a Onda Leva (com Zeca Pagodinho)
Canto de Rainha (com Arlindo Cruz e Sombrinha)
Caciqueando (com Fundo de Quintal)
Corda no Pescoço (Almir Guineto)