Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Os erros e acertos de estilo dos candidatos à presidência no debate

No quesito figurino, Lula se saiu melhor, embora a roupa de Bolsonaro também tenha sido pensada para a ocasião. Especialista comenta

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2022, 11h58 - Publicado em 30 set 2022, 11h35

Sete candidatos à presidência da República se reuniram nos Estúdios da Rede Globo, no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira, 29. Além de se prepararem para apresentar propostas – e claro, atacar e se defender de acusações – também precisaram se preocupar com a roupa que usariam, afinal de contas, é uma poderosa forma de comunicação sobre o que desejam passar.

Entre os homens, prevaleceu os tons de azul. Os candidatos Lula e Jair Bolsonaro optaram por ternos em tons escuros, com a intenção de passar credibilidade e sobriedade. “O azul escuro transmite profissionalismo e elegância, diferente do traje todo preto que é relacionado a eventos casuais ou uniformes”, diz Camile Stefano, consultora de imagem e estilo.

Na opinião da especialista em imagem corporativa, aliás, os dois candidatos que lideram a corrida eleitoral foram os únicos que realmente tiveram cuidado com a roupa. “O Lula estava impecável. Não só no corte do terno, mas na postura”, diz ela, referindo-se ao fato do ex-presidente seguir à risca a regra de abotoar o terno ao se levantar e desabotoar, ao se sentar. “Em termos de moda e estilo, Lula foi o mais adequado. Bolsonaro, se vê que o terno também foi escolhido a dedo, mas provavelmente pensaram por ele”.

Os outros candidatos, segundo Camile, deu a impressão que escolheram o que tinham no guarda-roupa, e acabou em erros e acertos. O terno azul mais claro com a gravata fina vermelha de Ciro Gomes, por exemplo, passava uma imagem muito mais informal ao que pedia a ocasião. “Não ficou harmônico”. Felipe d´Ávila, por sua vez, teve a preocupação de aparecer nesse debate com algo mais formal do que os anteriores, quando aparecia de calça e camisa, sem gravata.

Continua após a publicidade

Camile, aliás, também chamou a atenção para as gravatas. “A escolha de tons de azul, feita por Jair Bolsonaro, é uma busca por segurança e familiaridade. Já os tons de vermelho, usados por Lula e Ciro Gomes, são marcantes e comunicam mudança”, analisa.

Sobre o Padre Kelmon, o único candidato a vestir preto, a roupa teve a ver com uma demonstração de autoridade, e de certa forma, passar certa credibilidade e obter respeito por meio da vestimenta sacerdotal. “Ele quis se destacar dos outros e mostrar que era padre”, opina Camile.

Já entre as mulheres, ambas as candidatas, Simone Tebet e Soraya Thronicke acertaram na escolha do comprimento midi nas saias, que remete ao tradicionalismo e elegância, mas pecaram em shapes e tecidos. O vestido azul escuro de Simone passa os mesmos códigos que os ternos masculinos: credibilidade, sobriedade e elegância, mas o tecido, que lembrava uma malha, acabou fazendo com que o modelo ficasse muito informal e, portanto, inadequado para um debate presidencial. Soraya também errou por motivo semelhante: embora tenha seguido à risca sua estratégia de construir uma imagem de tranquilidade e renovação, com apostas em cores neutras, não soube olhar para a composição como um todo. “Acredito que ambas poderiam ter escolhido roupas com tecidos mais estruturados. O vestido da Simone estava muito justo e o da Soraya, fluído demais, o que ela tentou quebrar com o blazer por cima, mas não funcionou”, conclui.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.