A Semana de Moda de Milão de 2022 começou na terça-feira, dia 22, cercada de expectativa. Pela primeira vez desde 2020, a edição terá mais desfiles presenciais do que virtuais, e há uma grande empolgação sobre o potencial de negócios que serão fechados. Mas a decisão da Rússia de invadir a Ucrânia lançou uma sombra sobre o evento.
Consumidores russos estão retornando a Milão pela primeira vez desde o começo da pandemia depois que um acordo com o governo local passou a reconhecer a vacina Sputnik V como um imunizante válido para viajantes. Segundo o Câmara Nacional de Moda Italiana, mais de um bilhão de euros em exportações para a Rússia está em jogo.
“Se as coisas continuarem assim, haverá prejuízos”, afirmou Carlo Capasa, presidente da organização, à agência AP. “Mas não é nem o momento de pensar no dano econômico, mas sim no dano que o homem faz a si mesmo”, disse.
Os desfiles continuam normalmente. Grifes como Prada, Emporio Armani e Moschino tem mostrado as novidades para a estação nas passarelas. Mas há um sentimento de tensão, de que tudo pode mudar em um instante. Em 2020, foi exatamente no mesmo período da Semana de Moda que os primeiros casos da Covid-19 foram confirmadas na Europa, em localidas próximas a Milão.