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Má conexão afeta participação de crianças e adolescentes nas redes

Levantamento aponta que 28% dos jovens das classes D e E sempre ou quase sempre ficam sem acesso a internet por falta de créditos

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 Maio 2023, 17h48

Os smartphones e computadores são tão onipresentes na vida contemporânea que é difícil imaginar uma rotina fora da rede. No entanto, um levantamento divulgado, nesta quarta-feira, 3, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) aponta que a falta de acesso e a má qualidade da conexão ainda são problemas que impactam a vida de crianças e adolescentes no país. 

Entre os jovens de 9 a 17 anos, 25% daqueles pertencentes às classes D e E alegaram já ter deixado de realizar alguma atividade online por medo de ficar sem crédito e 28% alegaram que sempre ou quase sempre ficam sem internet por esse motivo. Entre as classes AB e C, essa porcentagem é de 15% e 19%, respectivamente.

A falta de conexão não é o único empecilho. 11% do total de crianças e adolescentes relataram que sempre ou quase sempre ficam sem dispositivo para acessar a internet. O principal desses aparelhos é o celular. 96% dos respondentes apontaram esse como o principal meio de acesso e 56% como meio exclusivo de se conectar a rede. 

Em meio a um mundo tão online, uma internet de má qualidade pode ser uma importante causa de desigualdade. “A questão central não é apenas ter acesso à Internet ou não, mas que crianças e adolescentes brasileiros tenham condições de acesso apropriadas para uma conectividade significativa, que lhes permitam desenvolverem habilidades digitais e se beneficiarem da participação online”, afirma Alexandre Barbosa, gerente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). “O limite no acesso pode restringir direitos fundamentais dessa população na sociedade da informação.”

O estudo também questionou os jovens sobre comportamento na internet. 86% deles disseram ter um perfil nas redes sociais, uma porcentagem que sobe consideravelmente entre o grupo de 15 a 17, em que o uso é quase absoluto (96%). Entre os entrevistados, 60% disseram concordar que o conteúdo de curtem e compartilham pode ter um impacto negativo sobre outras pessoas e 19% reportaram que sempre ou quase sempre ficam chateados ou incomodados com coisas que acontecem na internet.

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A privacidade, tema que preocupa pais e autoridades, também foi pauta da pesquisa. 79% reportaram ser cuidadosos com informações pessoais, 63% disseram já ter bloqueado mensagens indesejadas e 52% afirmaram que restringem quem pode ter acesso ao seu perfil. 77% ainda disseram acessar apenas sites confiáveis e outros 57% reportaram saber checar a veracidade das informações que recebem. 

A pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) Kids Online Brasil, conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do NIC.br, entrevistou 2.604 pessoas jovens de 9 a 17 anos presencialmente, entre junho e outubro de 2022. 

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