Costanza Pascolato aplaudu de pé. E puxou mais aplausos. Desfilando, Cássia Ávila, Marcelle Bittar, Flávia Lucini e tantas outras modelos icônicas, dos tempos áureos da moda brasileira. Na primeira fila, a família inteira Pires-Morais, incluindo Gloria Pires e Cleo, para assistir a estreia de Antônia na passarela. E claro, fashionistas em peso para ver de perto a nova coleção. Toda essa movimentação aconteceu em torno de um desfile bastante especial para a moda brasileira, neste domingo 24, no Memorial da América Latina, em São Paulo: a alta-costura do estilista Reinaldo Lourenço, que celebra seus 40 anos de carreira.
“Hoje, celebro 40 anos da minha marca com um olho no que já fiz e outro no futuro. Neste mundo digital e individualista, onde roupas são criadas, consumidas e descartadas em tão pouco tempo, proponho uma reflexão sobre o melhor caminho a seguir”, disse o estilista. Mais: segundo Reinaldo, nesta coleção, ele faz uma homenagem ao espírito da criação “que não pode ser substituído por nenhuma tecnologia.”
Não mesmo. Nenhuma máquina é capaz de construir uma alfaiataria desconstruída de modo tão preciso e perfeito. Só Reinaldo consegue essa proeza, dado seu respeito pela tradição do artesanal percebidos nos detalhes da alta-costura, no alinhavo dos cristais, tiras e drapés desta coleção inspirada na estética dos anos 1950 do designer Charles James e de Dener na década de 1960, além da beleza das formas animais e as flores ao vento, apresentada no desfile com styling de Alexandra Benetti e beleza de Guilherme Casagrande. “O instinto humano que se conecta com a força da natureza”.
Costanza não só foi a primeira a se levantar para aplaudir de pé, puxando todas as outras pessoas, mas também assina embaixo. “Merecia ser aplaudido de pé após esse espetáculo que o Reinaldo apresentou. Ele se adaptou ao necessário, que é o requinte”, pontou a consultora de moda. Ao final, emocionado, após abraçar o pai e a mãe, Reinaldo concluiu: “É o que eu gosto de fazer.”
Veja fotos do desfile de Reinaldo Lourenço: