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É hora de liberar jogos e apostas no Brasil

O Brasil não pode brincar de perder oportunidades o tempo todo. Os jogos representam empregos e salvação econômica para muitos municípios e famílias

Por Da Redação 11 fev 2022, 08h32
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  • Tenho certeza que este texto vai gerar um bom debate. E o motivo é óbvio: a disputa MORAL em torno desta questão já faz o Brasil ter calafrios de um lado e muita euforia de outro. Mas vamos ser claros, os tempos mudaram. O Brasil merece avançar.

    E não mudamos apenas pela concepção de mundo das gerações Z e Alfa não. Mudamos porque é preciso encontrar dinheiro novo para novos problemas. Com os municípios, estados e governo federal quebrados, literalmente, seja pela falta de gestão, ou pela corrupção ou pela sonegação, mazelas antigas como miséria, falta de recursos para a saúde e educação não param de crescer. A mudança de perfil na sociedade nos traz outros desafios, que vão desde novas formas de se investir em segurança pública a até mesmo formas de participação privada em investimentos ou projetos públicos.

    E simplesmente não há dinheiro governamental para bancar estas novas contas. Não dá para fazer isso apostando em dinheiro velho. E é aí que entram os personagens do nosso título. Por décadas, jogos foram criminalizados no Brasil quando feitos à margem do estado. A saída foi “legalizar” isso colocando este tema debaixo da alçada de bancos federais, como a Caixa Econômica Federal ou lotéricas por exemplo. E precisamos falar mais sobre isso.

    No caso dos jogos, a grande verdade é que o governo sempre foi incapaz de criar mecanismos de controle e arrecadação para controlar minimamente o setor. Além disso, jogos como o do “bixo” serviam para movimentar quadrilhas e o tráfico em todo o país, sobretudo no Rio de Janeiro e conhecidamente no carnaval carioca. Em São Paulo, bingos e máquinas caça níquel também movimentavam o crime. Com a sua proibição, o tema foi jogado no limbo e o debate sempre dividiu a sociedade, por conta também de casos de vício e por que não de uma questão moral-religiosa.

    Só que agora amigos, estamos no século XXI. É absolutamente incompreensível o estado (no caso o Congresso), não tocar nesta ferida. O país precisa gerar empregos e dinheiro novo para crescer. Cidades como o Rio de Janeiro, Vitória, Recife, Maceió e Florianópolis, entre outras litorâneas, poderiam se beneficiar de suas belezas, inclusive para atrair turistas e gerar movimento para a área de serviços, predominante nestes locais e que anda cambaleando, sobretudo no Rio de Janeiro, depois da rediscussão da partilha do dinheiro do petróleo. 

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    Outros locais como Tocantins poderiam se especializar neste tipo de atividade, criando todo um ecossistema e indústria voltado a isso. Eco Resorts poderiam surgir com mais frequência na região Norte, levando mais desenvolvimento e qualidade de vida para os amazônidas. As possibilidades são muitas. Bilhões de reais e dólares que poderiam inundar nossa economia. Resta saber se o parlamento terá a coragem suficiente para decidir, entendendo que a moral, sobretudo a religiosa, não será degradada por esta aprovação. A degradação moral se dá muito mais pela falta de emprego, renda e comida. E que fique claro. O papel do Estado é gerar oportunidades e deixar o mercado se desenvolver, sempre dentro da legalidade, claro.

    E aqui reside o outro problema a ser resolvido. A corrupção, o jeitinho, a forma de fazer negócios envolvendo políticos como sócios ocultos é um câncer para o Brasil. Se fizermos a coisa da forma certa, nos espelhando nas legislações mais modernas do mundo, nos melhores exemplos, vamos explodir em atração de capital estrangeiro e negócios. E poderemos desenvolver cadeias inteiras de serviços e produtos, assim como já existe em Macau, Las Vegas, Taipei, Cingapura e Dubai

    Lembro aos vingadores da moral conservadora, que as grandes nações conservadoras do mundo tem cassinos liberados, como Israel, Reino Unido e Japão por exemplo. Não estamos mais na década de 80. Temos condições claras de avançar neste momento da história. Outro grande negócio que o Brasil perde bilhões de reais são os sites de aposta e jogos online. Por conta do atraso em nossa legislação, vemos o dinheiro dos brasileiros movimentando fortunas em sites posicionados no exterior, onde há segurança jurídica para este tipo de negócio.

    Chega de atraso. Quem gera emprego e renda não é o governo. É o setor privado. O governo deve apenas induzir e criar condições para que o privado faça acontecer. Liberem os jogos.

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