(Me Estás Matando Susana; México/Estados Unidos/Canadá, 2016. Já em cartaz no país) Irresponsável, inconsequente e inconstante — além de trapaceiro, indolente e algo vulgar —, Eligio é um pesadelo de marido, e por isso Susana (Verónica Echegui) o abandona sem aviso prévio, e sem dar nenhuma notícia sobre seu paradeiro. Eligio, porém, descobre que ela se transferiu do México para uma universidade no Meio-Oeste americano. Lá se vai ele reclamá-la de volta e lhe causar inúmeros constrangimentos em seu exílio. É verdade que o marido persistente também dá a Susana uma ou outra alegria — embora não o suficiente para impedir que ela prossiga nas tentativas de pôr fim ao casamento. Sob a direção do mexicano Roberto Sneider, Gael García Bernal, com seu charme brejeiro na graduação máxima, torna Eligio a um só tempo irresistível e impossível, e assim redime um personagem que, de outra forma, seria fácil demais condenar.