“Após serem escritos, os livros não precisam dos autores para nada.” Assim Elena Ferrante resume, em carta de 1991 para sua editora, a opção por permanecer no mais completo anonimato. Frantumaglia (tradução de Marcello Lino; Intrínseca; 416 páginas; 49,90 reais) é, pois, uma forma de biografia oblíqua: por meio das raras entrevistas e de correspondências, podem-se captar pistas sobre a autora italiana de identidade desconhecida (não, o livro não esclarece se ela seria mesmo a tradutora Anita Raja). É o tipo de material capaz de deliciar, sobretudo, os fãs da autora da Tetralogia Napolitana.