Em dia de gravação no Projac, o script é o mesmo. O rapper e poeta Xamã, 34 anos, vai no caminho tirando o esmalte que invariavelmente cobre suas unhas. O visual, com o qual encara a vida nos palcos, não combina em nada com o que faz hoje na TV. “O esmalte é para o lado cantor, que não funciona na televisão”, reconhece ele, às voltas com sua primeira novela, Renascer, a trama global das 9h, na qual vive um jagunço que tinha a missão de matar o protagonista. “Quase caí da cadeira quando me convidaram”, conta Xamã, que adora um folhetim. Segundo ele, a avó, com quem morava, o fez “noveleiro de carteirinha”. Só não o chamem de galã. “Isso, não. Sou é malvadão”, esclarece, referindo-se a um de seus vários hits.
Publicado em VEJA de 3 de maio de 2024, edição nº 2891