Nascida em Porto Alegre e criada no Havaí, filha de mãe gaúcha e pai britânico, Tatiana Weston-Webb, 24 anos, disputará pelo Brasil uma inédita medalha no surfe, na Olimpíada de Tóquio. Este é o terceiro ano consecutivo que ela veste a camisa brasileira em competições internacionais, por opção. “Eu poderia defender os Estados Unidos, porque tenho cidadania, mas me sinto mais brasileira do que americana”, diz Tatiana, que mora desde os 2 anos em Kauai, uma das ilhas do arquipélago havaiano. Única representante nacional na elite do surfe feminino mundial em 2021, Tatiana está em quinto lugar no ranking da World Surf League, entidade que há dois anos se adequou aos novos tempos e promoveu a equiparação de premiações: surfistas mulheres, que recebiam um terço do prêmio dos homens, passaram a ganhar a mesma quantia no fim dos campeonatos. “Foi uma decisão certíssima. A dedicação e o esforço são iguais”, defende.
Publicado em VEJA de 21 de abril de 2021, edição nº 2734