Conformista, ela nunca foi. Tenista campeã que interrompeu a carreira duas vezes para tratar de problemas mentais, ativista que usou nas quadras máscaras com os nomes de negros americanos mortos pela polícia, Naomi Osaka, 24 anos, ousa com todo o prazer — o que transparece em recente ensaio fotográfico para a revista Dazed, em que posa em peças de inspiração japonesa como o vestido-bola da Comme des Garçons — e peruca verde. Filha de japonesa e haitiano que nasceu no Japão e foi criada nos Estados Unidos, Naomi voltou às quadras em abril e tenta escalar novamente o ranking para chegar ao topo. A moça não tem medo de dar umas raquetadas: “Acho bizarro atacar uma atleta por expressar opinião. É uma atitude tão arcaica e ignorante que nem me incomoda mais”, diz.
Publicado em VEJA de 8 de junho de 2022, edição nº 2792