Entrando de cabeça no espírito de seu novo livro, a escritora de obras na linha infantojuvenil Thalita Rebouças, 47 anos, encarou um vestido de lamê, peruca ruiva e maquiagem pesada para montar-se como drag queen — a quem deu até nome, Conchita De La Quebrada — e assim aparecerá na contracapa de Confissões de um Garoto Talentoso, Purpurinado e (Intimamente) Discriminado, que pretende lançar ao vivo e em cores na Bienal do Livro de São Paulo, em julho. “A montagem foi por uma boa causa. Respeito muito o meio e fiz muita pesquisa”, diz Thalita, precavendo-se contra as críticas e cancelamentos que já atormentaram outras drag queens fakes. Segundo a escritora, sua nova obra conta a história de um jovem gay que resolve fazer um curso de maquiagem — “uma mistura de Fernando Torquatto com Pedro Bial”, compara.
Publicado em VEJA de 8 de junho de 2022, edição nº 2792