“Foi simplesmente delicioso”, resume Lucinha Lins, 63 anos, ao definir como se sentiu durante as gravações de Os Saltimbancos Trapalhões, em 1981. O longa, considerado um dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), ganhou uma versão atualizada, Os Saltimbancos Trapalhões – Rumo a Hollywood, que suscitou na atriz uma série de lembranças.
Lucinha, que adora mostrar o primeiro filme para os netos (Mariana, de 4 anos, Lui, de 5, e Tito, de 8), acredita que deixou “bastante a desejar” no quesito interpretação. “Mas tenho consciência de que a performance de História de Uma Gata foi marcante, antológica”, afirma. De fato, Lucinha era crua no cinema. No entanto, aos 28 anos, tinha uma trajetória consistente e de prestígio no mundo da música, tanto que venceu o Festival MPB Shell daquele ano com a canção Purpurina.
Ela revela que sente muita saudade “daqueles quatro moleques sem vergonha” que aprontavam muito no set. “Eu já conhecia o Zacarias e o Mussum, que tocava na noite, gostava muito dos dois. O Dedé é uma das pessoas mais bondosas e carinhosas com quem tive a sorte de conviver. E o Renato é um eterno moleque, né? Eles eram muito divertidos juntos, viviam implicando uns com os outros, fazendo piadas, inventando trocadilhos… Aprendi muita coisa ali”, diz.
Atualmente, Lucinha vem se preparando para começar as gravações de O Rico e Lázaro, próxima novela bíblica da Rede Record com estreia programada para fevereiro. Ela vai interpretar a governanta Zelfa, braço-direito do comerciante Chaim (Henri Pagoncelli).