Um dos seis sobreviventes da queda do avião que levava o time da Chapecoense, Jakson Follmann, 32 anos, anda às voltas com uma biografia em que relata pela primeira vez detalhes de sua dolorida trajetória desde 2016, após perder os colegas no acidente e resistir a 56 dias entre a vida e a morte no hospital — “um milagre”, define. O ex-goleiro, que teve a perna amputada, conta que não foi fácil virar a página da tragédia, mas falar dela ajuda. “Consegui seguir em frente e hoje estou bem”, reconhece ele, que, além de enveredar pela raia das palestras motivacionais, embarcou em carreira musical, rodando o Brasil e vizinhos na América Latina com um repertório que martela a tecla da superação. “Acabei me encontrando como cantor”, diz.
Publicado em VEJA de 19 de abril de 2024, edição nº 2889