O humorista Viny Vieira começou a imitar Gugu Liberato em 2005, no programa Pânico na TV, da RedeTV. Anos mais tarde, já na TV Record, esbarrou com o apresentador nos corredores da emissora e, após conversas no camarim, aconteceu o convite para levar o caricato personagem ao ar novamente. O “Gugu fake”, apelidado de “Gluglu”, também usava terno, mas tinha um tom de deboche por segurar um pintinho amarelo de pelúcia e uma presilha na peruca alourada. O humorista, hoje no quadro fixo de A praça é nossa, do SBT, imita de Faustão e Galvão Bueno a Nicolás Maduro. A seguir, a conversa com a coluna.
Como era sua relação com o Gugu? Quer que eu fale a verdade, o que eu acho dessas pessoas, ou o respeito que eu tenho pelo Gugu? Para começar, acho que o ser humano perdeu todo senso de ridículo, entende? É muito baixo o nível que a família dele está fazendo, Gugu deve estar se revirando no caixão. É ridículo, tem tanto dinheiro… Para que esse circo?
Como era Gugu nos bastidores? Conheci Gugu mais de perto quando trabalhei com ele na Record, aliás, conheci antes, na época que estive na RedeTV. Ele foi muito gentil comigo, sempre educado, me deu um terno de presente, que ele usou por muito tempo na televisão. Depois me deu um boneco, o Guguzinho. Sempre foi discreto, né? Sempre ajudou muita gente e nunca expôs isso. Devo o começo da minha carreira a ele.
Em algum momento ele ficou chateado por alguma brincadeira? De maneira nenhuma. Tanto é que fiz depois o programa com ele na Record, que foi aquela bala, ele foi ganhando três milhões e meio de salário. Foi quando a gente se reencontrou. Eu fazia o programa do Tom (Cavalcanti). Gugu me viu lá nos corredores, parou, conversava comigo, foi quando surgiu a ideia de fazer matérias no seu programa. Me recebeu no camarim, foi muito bacana.
Quando surgiu a ideia de imitá-lo? Comecei a imitá-lo na RedeTV. Fazia imitação de alguns personagens, que já tinha feito no rádio. Eu fazia o Faustão, o Netinho de Paula, vários… Mas quando fiz o Gugu, até pelo respeito que as pessoas têm por ele, a receptividade foi imediata.
O que ele achava da sua imitação afeminada? Olha, ele nunca pediu para eu parar de fazer, nunca me notificou, nada, juro por tudo quanto é mais sagrado. Até fiquei sem jeito quando o reencontrei na Record, pelo jeito tão legal que me tratou, porque às vezes a gente está fazendo humor, normal, exagera um pouquinho. Não sei se o personagem se definia por “afeminado”, mas era um cara mais livre do que o Gugu, um pouco certinho, bonitinho na televisão. Comecei a fazer ele mais solto. As pessoas não tinham esse olhar sobre o Gugu. Muita gente me criticou na época: ‘Pô, você está fazendo o cara meio assim, ele não é isso. Ele tem esposa, filhos’.
Você conviveu com ele nos bastidores do programa. Falavam da vida pessoal? Nunca vi nada, sempre foi um cara muito família. Inclusive conheci o filho no camarim, me apresentou a ele. É chato ver as pessoas hoje falando: ‘Sou namorado do Gugu’. Porra, por que que não apareceu quando estava casado com ele? E outra: Se o Gugu não queria que fosse revelado, por que revelar agora, sem a presença dele?
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