Em Silvio, Rodrigo Faro interpreta o icônico apresentador Silvio Santos, morto em agosto. O filme estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 12, com direção de Marcelo Antunez. A biografia não-autorizada pelo SBT resgata momentos marcantes da vida do comunicador, sobretudo o sequestro do qual ele foi vítima, em 2001. No episódio, pouco depois da libertação de Patrícia Abravanel, Silvio teve sua casa invadida e feito refém. Para a coluna GENTE, o diretor revela a dificuldade de entregar o projeto em um momento tão sensível, menos de um mês da morte do apresentador.
“É um desafio enorme. Silvio é uma figura icônica, digo no presente, porque Senor Abravanel morreu, mas Silvio fica. Tenho memórias de domingos na casa da minha avó, no almoço e Silvio Santos ligado na TV. Era quase como um membro da família. E a gente acabou decidindo contar a história do Senor Abravanel numa situação de tensão, de angústia, que todo mundo acaba se relacionando de uma forma ou de outra. O falecimento acaba pegando a gente de surpresa, não que isso não tivesse no horizonte, mas o momento que acontece. Bate uma certa tristeza, porque a gente tinha curiosidade de ver como ele receberia o filme. Quando a gente faz obras baseadas em fatos reais é sempre um risco. Tem um lado que é sedutor de falar com o maior número de pessoas, mas corre o risco de começar a se afastar da arte”.