Muito se fala por aí que a vida dos nobres imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) é feita de chás e biscoitinhos amanteigados. Não para a recém-empossada Fernanda Montenegro, 93 anos, que anda com a agenda abarrotada, dado que a ideia é colocá-la o máximo possível sob os holofotes. Em uma mesma semana, ela foi convocada para lançamento de livro, deu palestra e arrematou com a leitura de uma peça de Nelson Rodrigues para alunos de escola pública. “Estou a serviço dessa histórica organização cultural”, diz a diplomática atriz, que, para ser achada mais facilmente, se dobrou ao WhatsApp. “Tenho um certo culto ao botão eletrônico”, admite.
Publicado em VEJA de 27 de julho de 2022, edição nº 2799