No carnaval que passou, a Mocidade Independente de Padre Miguel cantou, no mais popular samba enredo dos últimos tempos, que “é a cara do Brasil”. Mas não demorou nem a Semana Santa findar para que este amor pela escola da zona oeste do Rio se desmoronasse nas redes sociais. Isso porque a quadra da verde e branca abrigou neste sábado, 16, o lançamento da pré-candidatura do deputado Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio. Na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado por suspeita de tramar um golpe de Estado, Ramagem também teve ao seu lado o atual governador Claudio Castro, que cometeu uma gafe ao afirmar que os cariocas terão que escolher entre “quem nos fins de semana está nos botecos por aí” ou “chamar o delegado para colocar ordem no Rio de Janeiro”. Na tarde de domingo, 17, o prefeito Eduardo Paes publicou fotos em um boteco, segurando um copo de cerveja, ao dar sua réplica à provocação: “Essa é para meu querido governador Cláudio Castro, (que gosta muito também)”.
Além do mal estar entre os dois poderes, o mundo do samba ficou em polvorosa pela escola aceitar abrigar o evento político. O PL tratou de informar que pagou 10 mil reais pelo espaço, mesmo a agremiação tentando ceder gratuitamente. Não custa nada “lembrar”: a Mocidade é comandada pelo bicheiro Rogério Andrade. Sambistas e torcedores foram às redes mostrar indignação com o evento no “Maracanã do Samba”, como é chamada a imensa quadra localizada na Avenida Brasil. Xii…
https://twitter.com/felipeneto/status/1769102386486735318
https://twitter.com/eduardopaes/status/1769419492235325724
https://www.instagram.com/p/C4lxJT1O8Is/
https://twitter.com/delegadoramagem/status/1769132874177904956
O motivo para Globo suavizar críticas a Yasmin
Este BBB não é como o que passou. Pode reparar. Yasmin Brunet, Wanessa Camargo e Rodriguinho foram elogiados diversas vezes fora do programa, em maratonas exaustivas pelas atrações da TV Globo, após performances polêmicas no confinamento. Foram no Mais você, Encontro, Domingão com Huck, Fantástico… Nenhum apresentador se atreveu a falar, com todas as letras, o quanto eles cometeram atos racistas enquanto tentavam o prêmio milionário do reality.
O motivo é simples: o medo da direção de não conseguir famosos “interessantes” e dispostos a tamanha exposição (e cancelamento) na próxima edição. Por isso, os entrevistadores deram voltas, escolheram palavras bonitas, usaram o tempo verbal no futuro do pretérito (“faria”, “teria dito”, “teria pensado”). Leia mais.