A Imperatriz Leopoldinense apostou suas fichas na cultura cigana e conquistou o vice-campeonato em 2024. Com o enredo Com a sorte virada pra Lua segundo o testamento da cigana Esmeralda, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira, a Verde e Branco de Ramos contou a história de um cordel escrito há mais de 100 anos pelo poeta paraibano Leandro Gomes de Barros. Na obra, o autor constrói o testamento de uma cigana. “O que é meu é da cigana, o que é dela não é meu / Quando chega fevereiro meu caminho é todo seu / Vai clarear… olha o povo cantando na rua / A Imperatriz desfila com a sorte virada pra Lua”, apresenta o refrão. O intérprete foi Pitty de Menezes e o mestre de bateria Luiz Alberto Lolo. A escola fechou o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial, no domingo 11. Em 2023, o enredo campeão falava sobre o pós-morte de Lampião.
A primeira ala, chamada de Caravana em Festa, trouxe dezenas de ciganos, entre eles, mulheres em pernas de pau. Além de um balão principal, como uma Lua, que fez uma bailarina flutuar a cerca de 10 metros do chão. Componentes fantasiados de ciganos desfilaram com peças douradas em suas roupas. A própria bateria foi um desses setores, assim como as passistas e o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, com dourado da cabeça aos pés.
Pelo segundo ano consecutivo, Maria Mariá, cria da comunidade, foi a rainha de bateria. Moradora do Complexo do Alemão, a jovem de 21 anos faz parte da escola desde criança. No final do desfile foram distribuídas moedas de chocolate para os foliões.
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