João Augusto, 21 anos, primogênito de Gugu Liberato, foi levado pelo tio e um primo a uma casa “luxuosa” de São Paulo imediatamente após o enterro do pai, às 8 horas da noite do dia 29 de novembro de 2019. No local, avisando que estava cansado e que não tinha nem tomado banho ainda, João pediu para ir embora, que não queria ficar na reunião que os parentes teimavam em realizar no calor dos acontecimentos. Segundo João afirmara a seu advogado, Carlos Eduardo Farnesi Regina, estava “com medo de ele me mostrar alguns papéis pra assinar e meus tios me pressionarem a assinar alguma coisa que eu não queria”.
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A coluna teve acesso com exclusividade à descrição da perícia desse relato de João, enviado por mensagem de áudio de WhatsApp, no qual diz que se sentia persuadido perante os parentes. O depoimento é parte de trechos sem segredo de Justiça do processo em tramitação, que evidenciam a briga entre os herdeiros do apresentador. João não reconhece a mãe, Rose, com “união estável” com Gugu, como querem as irmãs Marina e Sophia. A seguir, a parte em que João fala a seu advogado o que se passou naquela mesma noite em que, momentos antes, enterrara o pai.
“Tia Cida me ligou há… acho que faz aproximadamente uma hora atrás (sic), pra perguntar o que aconteceu ontem, porque eu falei pro Belo que achei um absurdo. Então, ontem era aproximadamente umas oito da noite e o meu tio e o meu primo de parte de mãe, eles me chamaram para ir lá pra São Paulo, na casa de um amigo deles, que eles não queriam nem falar o nome. Aí eu achei um absurdo, né? No dia do enterro do meu pai eles me levarem às oito horas da noite, sem ter tomado banho, tudo… sem ter descansado, sem nada, com a pressão toda, eles me levarem para São Paulo pra, pra conversar com esse advogado… E eu não sei o nome desse cara, só que ele tinha uma casa, uma casa super luxuosa em São Paulo. Ele deve ser o advogado de, sei lá, de algum deputado. E chegando lá, eu… eu comecei a brigar com meus tios, ‘ó, eu tô super cansado, que que cês tão me levando aqui?’. E quando a gente foi lá pra sala dele conversar, eu… Eu só fiquei cinco minutos lá, e eu falei que tava super cansado e que precisava pegar um uber pra casa, sabe? Porque eu tava com medo de ele me mostrar alguns papéis pra assinar e meus tios me pressionarem a assinar alguma coisa que eu não queria. Aí a tia Cida me ligou agora, perguntando se eu tinha assinado alguma coisa. Eu falei que não, que eu nunca, nunca, eu jamais assinaria alguma coisa sem consultar você, doutor Carlos, e a tia Cida que é nossa auxiliar”.