A apresentadora Eliana tem dedicado seu tempo a ajudar com doações grupos de moradoras de favela afetadas pela pandemia. De casa, onde está com o marido e dois filhos, ela falou a VEJA.
Ajudar é fundamental? Tenho uma missão como cidadã, mãe, mulher e comunicadora: solidariedade. Mesmo sendo filha de zelador, tendo morado em quarto e sala muitos anos, aprendi em casa a ajudar o próximo. É desumano fingir que está tudo bem.
Quais aspectos lhe tocam mais? Tenho me comovido com as mães que vivem em favelas. Elas passam por medos nos quais eu consigo me ver refletida. Mas sentir o que elas sentem é impossível. Muitas nem sequer têm água encanada em casa. Estou doando alguma coisa para mais de 3 000 mulheres por meio da Central Única das Favelas, a Cufa. Ajudar é estender a mão.
Como está sua quarentena? A pandemia nos faz valorizar o essencial. Falo com minha mãe todos os dias. Ela me mandou um bolo de fubá e liguei por videochamada para que pudesse ver a mim e a meus filhos comendo, à mesa.
Publicado em VEJA de 6 de maio de 2020, edição nº 2685