Haja lágrimas ao vivo. Na conquista da prata de Rebeca Andrade na ginastica artística na quinta-feira, 1, Diego Hypolito e Daiane dos Santos eram os comentaristas incumbidos de trazer informações precisas sobre o desempenho da competição na TV Globo. Durante as apresentações, tudo fluía bem. Mas foi só a confirmação da medalha, que eles não conseguiram dar um “oi” ao vivo. O narrador Luis Roberto segurou a missão praticamente sozinho. O mesmo aconteceu nesta sexta-feira, 2, com a primeira medalha de ouro para o país com a vitória da judoca Bia Souza. O comentarista chorão da vez era Leandro Guilheiro.
Duas vezes medalhista olímpico (bronze em Atenas-2004 e Beijing-2008), ele é o treinador de Bia no Pinheiros. “A Bia teve muitos percalços no caminho…. A Bia passou por muita coisa…”, tentou dizer ele, emocionado, sem conter as lágrimas. “Tudo bem, você não consegue falar, eu te entendo”, consolou Luis Roberto, já acostumado a amparar em seu ombro os chorões do estúdio.
Olimpíada mexe mesmo com todo tipo de emoção. Mas na TV Globo, ao que se vê, as lágrimas dos comentaristas atropelam qualquer explicação mais precisa sobre os atletas. É pena. De melodrama, a transmissão da emissora está dando um show à parte.