Depois de uma traumatizante dispensa “por motivos técnicos” às vésperas do embarque para a Olimpíada de Pequim, em 2008 (quando a seleção brasileira conquistou a então inédita medalha de ouro), Carol Gattaz está de volta, aos 39 anos. Incluída pelo técnico José Roberto Guimarães entre as doze convocadas para os Jogos de Tóquio, ela é a mais experiente do grupo, mas ainda está se acostumando à condição de veterana. “Só sei que vão as melhores, e eu me cuidei muito”, ressalta. Primeira jogadora da elite do vôlei brasileiro a assumir um relacionamento homossexual, em 2016 (“Não me arrependo e não quis bater de frente com ninguém”), Carol pulou etapas e participou de duas Olimpíadas como comentarista de TV, função normalmente reservada a quem já se aposentou ou está prestes a. Agora, diz estar “prontíssima” para a estreia na quadra olímpica — “mais forte e bem preparada do que nunca”.
Publicado em VEJA de 7 de julho de 2021, edição nº 2745