Carnaval do grupo de acesso do Rio é comprometido por incêndio
Prefeito Eduardo Paes e presidente da Liga RJ se manifestaram

Faltando três semanas para os desfiles da Série Ouro do Carnaval carioca, um incêndio destruiu o galpão da Maximus Confecções, em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira, 12. A fábrica produz adereços para escolas de samba das divisões de acesso e guardava as fantasias dos desfiles de Império Serrano, Unidos da Ponte, Porto da Pedra e União do Parque Acari. Em nota, a Liga RJ informou que o impacto do incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização. Pelo menos 21 pessoas se feriram, 9 delas em estado grave.
“A Fábrica Maximus desempenha um papel fundamental no fornecimento de materiais para as escolas de samba e, além disso, serve como espaço para a confecção de fantasias de diversas agremiações. O impacto deste incidente atinge diretamente o planejamento do Carnaval e toda a cadeia produtiva envolvida na sua realização”, diz trecho da nota da Liga RJ, publicada pelo presidente Hugo Júnior.
Eduardo Paes também se manifestou sobre a situação. “Conversei agora com o presidente Hugo Júnior da série Ouro que me deu mais detalhes das 3 escolas afetadas pelo incêndio de hoje em Ramos. Já tomamos a decisão de que, independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas hors con·cours. Como estou em Brasília, o vice-prefeito está acompanhando de perto a situação. Deixo o meu abraço aos componentes do Império Serrano, da Unidos da Ponte e da Unidos de Bangu, agremiações que tanto orgulham o Carnaval carioca. A prefeitura do Rio estará ao lado de vocês”, escreveu o prefeito.
Nas redes sociais, a maior crítica é em torno das condições de trabalho em barracões das escolas. “Tragédia anunciada. Não é possível que em pleno 2025 ainda normalizam trabalhadores virando o dia para entregar o carnaval a tempo”, escreveu um usuário. “É urgente a fiscalização e profissionalização dos trabalhadores do Carnaval. A maior festa do mundo precisa dar condições dignas a quem faz ele acontecer”, disse outro.