Julio Claudio da Silva, autor do livro recém-lançado de Léa Garcia, Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: A Trajetória e o Protagonismo de Léa Garcia, falou com a coluna sobre um dos momentos mais surpreendentes na carreira de Léa.
“Cacá (Diegues) contava dezesseis anos quando o seu pai, o antropólogo e jornalista Manoel Diegues, o chamou para ir à estreia de uma peça no Theatro Municipal, no Rio. Orfeu da Conceição foi escrito pelo diplomata e poeta Vinicius de Moraes com música, do maestro, poeta e compositor Antônio Brasileiro Jobim; cenografia do arquiteto Oscar Niemeyer; e o elenco contava com a participação do pessoal do Teatro Experimental do Negro. Ao descrever o impacto com a visão de Orfeu da Conceição, Cacá Diegues enfatiza que sua condição de jovem não o impediu de mensurar a qualidade do espetáculo visto e da atuação dos atores, especialmente de dona Léa Garcia em cena”.
O autor, que possui licenciatura e bacharelado em História, especialização em História do Brasil, mestrado e doutorado em História Social, iniciou o livro como uma pesquisa acadêmica. A obra é resultado de três projetos de pesquisas fomentados pela Universidade do Estado do Amazonas e de um estágio de pós-doutorado desenvolvido no âmbito do PPGH-UFF. O período de pesquisa durou cinco anos, entre 2015 e 2020.