Apresentadora do podcast Retrato Narrado e roteirista do documentário Democracia em Vertigem, indicado ao Oscar 2020, Carol Pires, a mãe de Eva, de 5 anos, se dedica a um livro para falar sobre maternidade atípica.
“Muita gente fala que autismo é moda, e não é. Antes, os profissionais não estavam preparados para diagnosticar. Quem estava no espectro era chamado de ‘esquisito’, ‘doidinho’ e outros absurdos. Diagnóstico é liberdade de ser quem é, e encontrar caminhos. Para quem não sabe, é muito difícil diagnosticar o autismo leve em mulheres porque somos muito boas de ‘masking’. Autistas mulheres tendem a copiar o comportamento alheio para se encaixar, mas isso tem um custo emocional e psíquico enorme, uma hora a conta chega”, explica a jornalista, que lançará o livro pela Companhia das Letras.
Nas redes sociais, com mais de 38 mil seguidores, Carol recebe muitas perguntas sobre o assunto e costuma dividir suas experiências com outras mulheres: “Meu interesse é falar do TEA (Transtorno do Espectro Autista) da perspectiva da maternidade”.