Uns anos atrás, Alexandre Nero, 54 anos, queria se desgrudar a todo custo do rótulo de galã. “Nunca fui bonito, só desejava ser talentoso”, repetia, novela após novela. Eis que o tempo, implacável, passou, e ele anda pensando diferente. Na pele do ingênuo caipira Tico Leonel, da trama global No Rancho Fundo, agora reconhece. “Hoje, o que eu quero mesmo é ser bonito”, admite o ator, que, apesar de observar as rugas aflorando e o cabelo embranquecendo, jura conviver bem com a ideia de envelhecer em frente às câmeras. Depois de filosofar aqui e ali, ele acabou encontrando, afinal, uma fonte de alívio para suas questões existenciais. “A verdade é que a idade faz com que também os outros fiquem mais feios, aí fica todo mundo no mesmo nível”, diz.
Publicado em VEJA de 5 de julho de 2024, edição nº 2900