Nunca na história do Oscar, e lá se vai quase um século, o tapete vermelho, já uma instituição, havia mudado de cor. Pois na atual edição o que se estendeu pela entrada do Dolby Theatre, em Los Angeles, foi uma inédita versão branca (logo posta cinza com o frenético vaivém da constelação que por lá desfilou). “Era para combinar com o pôr do sol”, explicou a organização. A mudança de coloração não freou Cara Delevingne, 30, que veio embalada em um volumoso longo rubro e com o pescoço preciosamente enlaçado por um colar de diamantes estimado em 5 milhões de reais — cena que contrastava com aquela que viralizou da modelo meses atrás, flagrada sem rumo em um aeroporto, de moletom surrado e só de meias. Depois de se tratar contra o assumido vício em drogas e álcool, ela, agora equilibrada em uma generosa plataforma, disse: “Às vezes é preciso um choque de realidade, sabe?”.
Publicado em VEJA de 22 de março de 2023, edição nº 2833