Com prisão preventiva decretada pela Justiça de Pernambuco, Gusttavo Lima, 35 anos, nesta segunda-feira, 23, é aguardado para se entregar à polícia. À coluna GENTE, o advogado especialista em lavagem de dinheiro e mestre em Direito Penal Livelton Lopes explica as consequências que o sertanejo pode sofrer a partir de agora e o tempo máximo de prisão, caso seja condenado pelas acusações. “Se ele não se entregar será considerado foragido da justiça. Ele já teve o certificado de armas e passaporte bloqueados, então não pode deixar o país”, esclarece Lopes. A ação contra o cantor é parte da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, a mesma operação em que Deolane Bezerra foi presa, no início do mês.
Na decisão, a juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, rejeitou o pedido do Ministério Público pela substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, afirmando que o cantor uma alarmante falta de consideração pela Justiça” ao dar guarida a foragidos. O texto se refere a uma viagem que Gusttavo teria feito para a Grécia, levando um casal de investigados na operação.
“Ele pode ser processado por obstrução de justiça por ter levado dois foragidos para fora do país”, acrescenta o advogado. Outra implicação destacada pelo especialista é a investigação envolvendo a empresa Balada Eventos, da qual o cantor é sócio. Segundo a operação, o negócio teria recebido cerca de 8,1 milhões de reais da Esportes da Sorte. “Ele terá que prestar contas desse valor, dizendo de onde veio, se foi patrocínio, por exemplo. Caso não consiga provar, poderá ser acusado de lavagem de dinheiro”, explica Livelton. Gusttavo Lima pode pegar uma condenação de até 18 anos se comprovada as acusações de lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.