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A dramática situação dos museus no Rio Grande do Sul após chuvas

Governo anuncia investimento para setor cultural afetado pela enchente. 'Momento emocionante', diz Eduardo Leite

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 jun 2024, 07h00
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  • A tragédia climática vivida pelos gaúchos desde o início de maio impactou diretamente mais de cinquenta instituições culturais do estado, como a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) e o Memorial do Rio Grande do Sul, nova sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC/RS). Na sexta-feira, 7, o governador Eduardo Leite (PSDB) e o banco Banrisul anunciaram um aporte de 25 milhões de reais para o setor cultural. O programa Banrisul Reconstruir RS destinará verba para recuperação de instituições da Secretaria da Cultura (Sedac) e para iniciativas de retomada de trabalhadores e projetos da área. Além disso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) investirá 59,5 milhões de reais para apoiar microempreendedores individuais e microempresários da cultura. “Estamos aqui no Margs (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), um símbolo do estado, vivendo um momento especialmente emocionante. Vamos superar essa crise, com o vigor de pessoas e instituições que não se resignam diante das dificuldades”, afirmou o governador.

    Apesar da enchente histórica, a Sedac conseguiu preservar quase todo o seu acervo, graças à uma força-tarefa emergencial implementada nos dias que antecederam a subida das águas. Equipes movimentaram as obras para andares superiores dos prédios, trabalhando em conformidade com os protocolos de segurança e mantendo o patrimônio cultural a salvo. Nas últimas semanas, com a redução do nível da água, foi possível realizar vistorias nas instituições. No Margs, por exemplo, foi possível identificar que algumas obras do acervo em papel da instituição – entre elas gravuras, fotografias e desenhos – foram atingidas pela enchente. A estrutura operacional do prédio também foi comprometida, envolvendo computadores, equipamentos, mobiliário, recursos e materiais de trabalho, além de parte da instalação elétrica do térreo, hidráulica, lógica, telefonia, TI e parte do sistema de climatização.

    Na Casa de Cultura Mario Quintana, os principais danos sofridos foram nas salas da Cinemateca Paulo Amorim, em poltronas e carpetes, além de aparelhos de ar-condicionado, que ficaram imersos em pelo menos meio metro de água. Todas as salas – Paulo Amorim, Eduardo Hirtz e Norberto Lubisco – foram afetadas. Entre as instituições de outros municípios gaúchos, a mais gravemente atingida foi o Museu Estadual do Carvão. Metade do acervo de documentos foi molhado. A outra metade está salva no segundo andar da usina, sendo supervisionada.

    Em instituições que não são geridas pela Sedac e que tiveram seus espaços tomados pelas águas, oito apresentaram infiltrações e transbordamento de calhas, e 12 estão com inundações em avaliação. Além disso, 20 museus estão em risco em 11 municípios do estado: Dois Irmãos, Montenegro, São Leopoldo, Caxias do Sul, Igrejinha, Taquara, Triunfo, Bagé, Dom Pedrito, Cel. Pillar e Putinga.

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