Desde que Felipe Neto foi confirmado como um dos escritores presentes no Festival de Literatura de Paraty (Flip), um burburinho começou a rodar nos bastidores do mundo editorial. Diversos autores e editores se sentiram incomodados com a presença do youtuber e empresário – que recentemente lançou o livro Como enfrentar o ódio (ed. Cia das Letras). Embora tenha um ou outro comentário positivo sobre a participação de Neto, que agrega público jovem, a maioria acredita que influenciador não faz literatura.
O youtuber vai participar de uma mesa com a jornalista Patrícia Campos Mello que publicou em 2020 a obra A máquina do ódio: Notas de uma repórter sobre fake news e violência digital, assunto similar ao tratado por ele nas redes sociais. O festival literário ocorre entre os dias 9 a 13 de outubro. Procurada pela coluna GENTE, a curadora Ana Lima Cecilio afirmou que Neto foi convidado por ela para participar do evento devido à “excelente qualidade de sua obra”. Eis a resposta:
“A Flip, esse ano, pretende discutir temas que são fundamentais para a gente pensar o Brasil e o mundo, as questões incontornáveis para a gente pensar a sociedade. Acho que o Felipe Neto faz essa reflexão de um jeito muito profundo, usando a experiência pessoal e falando disso, de um menino, como ele era antes, que sai de uma classe baixa carioca e é todo fermentado no ódio ao governo. O livro do Felipe Neto é um dos livros mais importantes no mercado editorial hoje porque teve uma pré-venda que bateu recorde, porque tem esse tema que é absolutamente quente, porque junto com o livro ele está abrindo um clube de livro que é o maior incentivo à leitura de que se tem notícia nos últimos tempos, então eu acho que ele ocupa um espaço para o mercado editorial e para o movimento que se pretende fazer que é fundamental. Ele está pensando no Brasil, está ajudando a pensar, ele foi fundamental na defesa da democracia”.